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quinta-feira, 29 de abril de 2010

E-fólio B

A saúde do Adolescente: o que já se sabe e quais são os novos desafios.
O presente artigo, alerta-nos para a extrema importância desta fase da vida dos jovens. Fase essa que é a Adolescência, e ocorre entre os 12 e os 24 anos, neste período o jovem vê-se confrontado com enormes mudanças na sua vida quotidiana. Os comportamentos dos jovens são alterados nesta fase da adolescência, e muito tem a ver com o acompanhamento correcto ou incorrecto por parte dos pais, amigos e comunidade escolar, tais comportamentos podem tornar o jovem agressivo e leva-lo a adoptar comportamentos menos saudáveis, o que acarretará consequências para a sua saúde, sendo o caso do consumo de drogas e substâncias ilícitas. Este artigo visa alertar e informar-nos para estes perigos, sendo uma mais-valia em termos de conhecimento, para melhor lidarmos com os adolescentes, ajudando-nos a compreender todas estas mudanças, prevenindo assim situações de risco, reduzindo a incidência de doenças e contribuindo para a qualidade de vida dos jovens.
Adolescência, o que se sabe?
A puberdade e a entrada na adolescência leva a que o indivíduo procure a sua identidade pessoal e social, o status social do adolescente tem um papel fundamental na construção dessa identidade. Os comportamentos do dia-a-dia, levam a que a criança se identifique com a rede social em que esta inserida.
A família
Segundo Kennedy, as crianças aprendem a lidar com as situações do quotidiano e também com os outros, e tendem a seguir as tendências dos pais. O baixo nível social gera um estilo parental mais punitivo e menos responsivo, a criança não desenvolve mecanismos de auto-regulação nem estratégias de solução de problemas quando os pais são modelos desajustados e quando oscilam entre a passividade e a ameaça.
Amigos
Segundo Matos, 1998, as crianças que não tem muita popularidade, tem maior dificuldade em serem aceites socialmente, tem tendência a afastarem-se do grupo, levando a que sejam rejeitadas e isoladas, essas crianças tem mais tendências para a violência e agressividade, tem maiores problemas na escola são isoladas da sociedade. Vários autores associam estes estilos com as figuras parentais. Enquanto que as crianças mais populares tem mais facilidades e oportunidades de interacção social e assim mais aprendizagens e praticas de competências de relacionamentos interpessoais. E relação as amizades, as características são diferentes e correspondem a necessidades diferentes assim como a realização de diferentes funções em diferentes idades.
A família e os amigos
“ Os pais influenciam de fora indirecta a relação dos filhos com os amigos através das suas praticas parentais” (Collins & Laursen).Com respeito á saúde, a influência dos pais se encontra mais associada ao consumo de álcool, enquanto os pares influenciam todos os outros comportamentos, como a actividade sexual de risco ou o consumo de substâncias (álcool, tabaco e drogas). Laible e Thompson verificaram que os “adolescentes que afirmam ter uma relação positiva com os pais e com os pares eram menos agressivos, menos deprimidos e mais simpáticos do que aqueles que afirmam ter uma relação negativa com ambos”
Grupos de pares e “culturas Juvenis”
Os amigos são a influência à exploração pessoal e crescimento pessoal, fornecendo um contexto de experiência, desenvolvimento e validação de interesses e perspectivas. A grande maioria dos adolescentes tem um amigo a que chama “próximo” e em geral esta relação é recíproca(Brown 2004) estes adolescentes revelam menores propensões para sintomas de depressão ou pensamentos suicidas do que aqueles que não possuem suporte social.
As tribos musicais e urbanas
As músicas e os gostos musicais, são um factor importante para os adolescentes e nos quais se identificam criando grupos com os mesmos gostos (Metal, Rock, Reggae, House, Rap etc). A música, juntamente com a televisão são as actividades preferidas para a ocupação de tempos livres.
Sinais dos tempos
A expansão das tecnologias de informação e comunicação, fazem com que os jovens adquiram novos hábitos, estes jovens saem menos á noite, tendo assim menos comportamentos de risco ligados a consumos e à violência, mas em consequência afastam-se mais da realidade emocional e social, relativamente ao mundo dos adultos. O exagerado uso do computador leva à procura de informação, serve como entretenimento e como espaço se socialização, assim como também proporciona espaços de difusão de informação (blogs). A realidade virtual deixa no ar a dúvida, será esta uma nova forma de trabalho, de lazer e de socialização, ou será esta uma nova forma de dependência?
Novos desafios
O uso das novas tecnologias, pode vir a ser um grave problema no futuro, se não forem tomadas medidas urgentes de sensibilização. O aparecimento de novos problemas sociais, como o “bullying” e o “Cyber-bullying” que é já um mal-estar social, pode mesmo ocasionar problemas de saúde física e mental, e em alguns casos extremos, gerar violência chegando mesmo a situações de suícidio.
Novas tecnologias, novos desafios, novas oportunidades
A procura de bem-estar, prazer e lazer, é facilitado com as novas tecnologias, e na obtenção de estilos de vida saudável. As famílias sentem-se “descapacitadas”face aos jovens no que diz respeito a estas novas tecnologias, em parte sentem-se mais seguras, nos factores ditos de “risco”, que são as saídas à noite, os consumos, tabagismo, sexualidade, etc. “
Em síntese, o grande desafio para os pais e educadores, é em estar atento e ter a capacidade de “ficar por dentro” e saber até que ponto as competências antigas podem ser usadas e podem ser factor de reconhecimento pessoal e social, neste emergente mundo dito “virtual”. Cabe aos pais tentar acompanhar as tendências evolutivas, concilia-las com os seus saberes, e intervir sempre que necessário, para que possam facultar bem-estar e qualidade de vida durante este complicado percurso dos filhos, para que estes possam ser responsáveis e assim adquiram bases para uma boa cidadania.


Referências Bibliográficas:
Morgado, L. & Costa, A. (2009).Textos de Suporte ao Tema 2
Tavares et al. (2007). Manual de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem
http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aps/v26n2/v26n2a07.pdf

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